2 de setembro, shkoder

Em Shkodar, no norte da Albânia, só os homens se sentam em bares. Já de manhã bem cedo eles pedem café, água e alguma bebida destilada.

(Ser mulher é ainda uma tarefa difícil)

1 de setembro, shkoder

A Albânia era uma fronteira proibida, um país desconhecido e, de alguma forma, condenado – um lugar para não visitar. Mas as coisas são sempre tão diferentes de perto.

O começo foi em Shkodar. É uma cidade feia, plana, perto de um lago que pode ser visto de cima de um castelo. E as pessoas de lá têm uma generosidade além da imaginação: um desconhecido nos levou de um a outro hotel até acharmos alguma coisa que tivesse a nossa medida, um garçom se propôs a pagar nossa conta e no dia seguinte nos buscou às 5:30 da manhã para mostrar onde pegar a van, o dono de um bar nos deu garrafas de água mineral. E encontramos ainda outras tantas pessoas pelo caminho.

Então Theth, o lugar mais isolado que já fui na vida, um dos mais deslumbrantes.

E Tirana, que me deixou a sensação de estar entrando em uma cidade que acorda, com tudo que pode vir com isso. Tirana tem qualquer coisa de selvagem.